terça-feira, 12 de abril de 2016

Saindo de casa

(Uma das janelas do nosso 1.º quarto na nossa casa, ainda precisando de uma moral, mas com uma brincadeira das nossas bodas de pompom para ficar mais simpática)

Ficamos morando no meu quarto de solteira por uns três meses após o casamento.
Se você passou por isso, de casar e não poder entrar na sua casa, já prontinha e linda, sabe como estava me sentindo.
Um dos pedreiros até voltou depois daquela confusão toda, resolveu um pouco mais da parte elétrica, mas tomou chá de sumiço e eu nem procurei mais. Quando entrei de férias em julho, dava uma arrumadinha aqui e ali, limpava uma coisa ou outra, mas sempre ficava angustiada e travava porque tinham coisas que eu não conseguiria resolver sozinha.
Como estava na casa da minha mãe, arrumava era a casa dela já que estava sem empregada.
No início de setembro, Dê e eu fomos fazer faxina na casa dela (que eu ainda via como minha casa), num final de semana e aquilo deixou Dê bem perturbado. Ele não quis me falar o que era, estava zangado, acho que por educação...
No final de semana seguinte, era aniversário do meu irmão. Ficamos naquela de viajar para a casa dele em Resende ou esperar que ele viesse, mas ele pegou serviço no quartel e ficamos sem ter o que fazer. Dê então resolveu arrumar a nossa casa. Ele estava decidido a se mudar de vez pra lá comigo.
Eu confesso que relutei, afinal a obra ainda não estava pronta. Mas ele não quis saber: pra ele o que bastava era uma cama e um banheiro, que o resto a gente se virava.
A minha vontade era jogar água na casa toda! Quanta poeira de cimento! Mas ele segurou minha onda, senão a gente não ia acabar nunca.
Limpamos o quarto que estava mais desocupado, que hoje funciona como quarto de hóspedes e será o quarto do bebê (eu disse "bebê"??? hehehe), a escada e o banheiro, que não tinha box (e que quando a gente tomava banho alagava todo e a gente secava no rodo) e liberamos um canto da sala para podermos passar. E só. Havia coisas amontoadas na cozinha, no banheiro do 1.º piso, na área de serviço, no nosso futuro quarto... Mas deu certo! Montamos uma cama que não estava sendo usada, que era da minha mãe e que estava pegando poeira no terraço, uma cômoda dela também, para pôr as roupas do Dê e algumas peças minhas e inauguramos nosso ninho com muito carinhos.

Depois de muito tempo nossa casa começou a ficar com cara de casa
Depois de muito tempo comecei a me sentir em casa
Mas isso eu conto depois.

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