quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Chorando no Jantar de ensaio

(www.zazzle.com.br)

Jantar de ensaio é aquela última reunião familiar antes do casamento. Clicando aqui você vai encontrar um texto muito bacana e explicativo do Ruben Queiroz Cobra, tanto sobre o ensaio da cerimônia como o jantar de ensaio.

Como falei no último post, recebi um telefone que me tirou da graça. Eu estava indo para a pousada 14 Bis e, já nervosa por estar perdida, ouço o telefone tocar e atendi. Não sei porque eu fui atender, ainda mais porque estava dirigindo. Parei carro e nem olhei o número. Era o chefe dos pedreiros.
Ele estava com um tom de voz arrogante e me cobrando dinheiro. Oi? Na cabeça dele eu devia ter pago todo o combinado naquela sexta-feira, mas eles nem tinham terminado o serviço. E ainda disse aos gritos que seus pedreiros não eram escravos para trabalhar e não receberem.
Ali acabou qualquer educação.
Comecei a gritar que nem uma louca no telefone com ele, mandando ele pra tudo quanto era lugar, que ele não aparecesse nunca mais! Ele não terminou o serviço, tinha um monte de coisa errada, ia dar no pé e ainda queria que eu pagasse???
Dê pegou o telefone e eu falei que estávamos voltando para o hotel, que eu não aguentava mais nada, nenhum estresse por hoje mais, que não ia mais procurar pousada nenhuma e que ia jantar e dormir.
Enquanto eu voltava comecei a chorar de nervoso. Acho que isso deixou Dê mais pilhado e foi ele quem começou a gritar e xingar no telefone.
Lembro bem... Eu com a mala do carro aberta no Solar do Império, tirando as coisas do carro e soluçando enquanto Dê gritava e gesticulava na beira da piscina ao telefone, por volta das nove e pouca da noite.
Ligamos para a mãe da daminha e combinamos deles pegarem no dia seguinte. Ligamos pro pessoal que estava na cidade e os chamamos para jantar, mas muita gente declinou alegando cansaço. Meu irmão e a família de sua esposa, alguns padrinhos e minha dama de honra aceitaram ir.
Fomos buscar a mãe do Dê, mas ela não sabia dizer onde era o hotel em que estava e nem o nome. Fiquei p#$% e resolvi não pegar mais ninguém, que fosse de taxi. Dê ficou muito chateado e com a cara fechada o jantar todo.
Deixamos o carro no hotel e fomos andando. E relaxamos um pouco, a noite estava linda.
Por indicação da Vívian, fomos para o restaurante Luigi. A família da esposa do meu irmão já havia chegado e nos deram logo os presentes de casamento. Todo mundo me abraçou preocupados pela minha cara de choro e minha mãe contou o acontecido.
Fomos jantar e, como o buffet ainda estava aberto e ninguém queria nem gastar mais dinheiro e nem tempo esperando comida, fomos nos servindo do que estava ali.
Fiquei por último para me servir, me acalmando bebendo um suco. Tudo o que eu queria era uma comida quentinha, mas quando fui me servir só tinha torrada e antepasto... Comeram toda a sopa de abóbora... Como já estava sensível, chorei mais um pouco.
Depois de um tempo, todos sentados, já rindo e brindando, minha mãe pergunta "Você fez a marcação dos lugares na recepção?"
Comecei a chorar de novo. Havia esquecido e também não ia dar mais tempo.
_Mas Natalia, as pessoas estão contando com isso!!
Chorei mais e ela pediu desculpas. Minha dama de honra não viu o que estava acontecendo e falou "Ah, não esquece do nome das solteiras na barra do vestido!" E como eu não aguentava mais cobrança, chorei mais. Minha madrinha veio me consolar e falou "Vamos rezar". Aquilo foi uma âncora para eu não dar chilique. Voltei ao eixo e continuei a comer. Dê, mais P@$% da vida ainda, disse "Queria que a minha família estivesse aqui". E eu quase soltei um palavrão.
Quando acabei de comer quis ir dormir, todo mundo entendeu. Minha mãe e Dê resolveram ir comigo e, na hora em que estava indo, meus padrinhos e primos do coração de Curitiba chegaram, aquilo foi um bálsamo porque amo muito eles e fiquei muito feliz que estivessem ali. Meu irmão ficou com o pessoal e fui embora.
No caminho a coisa foi ficando mais leve e Dê e eu nos entendemos. Fomos até rindo com a minha dama de honra e a irmã dela, que resolveram nos acompanhar.
Mas quando cheguei no carro para entregar para o Dê as coisas dele... E eu havia trazido para Petrópolis a camisa do terno do meu sogro e sua gravata. Essas coisas ficaram comigo não sei por que, e na hora nem vi o problema, mas Dê sim: O pai dele já iria subir a serra pronto para o casamento. O problema até parecesse pequeno vendo agora, mas não para dois noivos estressados.
Dê ficou p@#$ de novo, mas agora não comigo, mas por ter deixado as coisas chegarem nesse ponto, da gente brigando porque não se organizou direito e deixou tudo pra cima da hora.
Ele foi embora de taxi para o hotel em que a mãe dele estava e eu ainda fui lavar meus pincéis para o dia seguinte, enquanto discutia e chorava (de novo) com minha mãe, às 1 e pouca da manhã, por causa dos últimos pagamentos aos fornecedores e que achava que ela dera conta.
Bom, bati na cama e dormi.

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