quarta-feira, 1 de abril de 2015

Reformando a casa - Parte V



E nossos pedreiros sumiram.
Se escafederam, tomaram chá de sumiço!
E não foi uma única vez! Várias vezes durante a obra, até que depois do casamento ele sumiram de vez e eu dei graças a Deus.
Indo para a escola um dia encontrei com um deles no calçadão. Ao lado de sua mulher, ele me viu suplicar para que voltasse para terminar minha casa, porque eu ia casar e não tinha onde morar. A mulher dele ficou com pena de mim.
E eis que, faltando alguns dias para meu casamento, eles resolveram voltar. E pegaram firme, gostei de ver! Eu que já estava deprimida ao passar pela casa nova e ver aquele monte de entulho e poeira...
Pois bem, trabalha daqui, trabalha dali e fazer caca daqui, faz cada dali... Uma dessas cacas me fez ir com o Dê, no dia seguinte ao nosso casamento civil, na Amoedo trocar a torneira da cozinha, porque compramos errado. Só que o pedreiro cheio de delicadeza rasgou a caixa e o gerente não estava querendo trocar. E o que eu poderia fazer a essa hora da vida?
Chorei!
E o gerente trocou a torneira.
Fomos milhares de vezes em todas as lojas de construção nas redondezas, ficamos conhecidos no circuito, mas por pura falta de planejamento... E também má fé dos nossos pedreiros.
Conclusão da história: na véspera no casamento, enquanto eu corria desesperada para ir logo pra Petrópolis, eles terminaram o dia deles (e na cabeça deles, o serviço também) e queriam dinheiro. Não entendi, já que eu pagava ao mestre de obras. E sei lá o que esse @#$%¨&¨disse pra eles e não me comunicou, só sei que lhes dei o que tinha no bolso para passagem e fui embora. Eles ficaram muito ofendidos, ligaram pro mestre de obras querendo mais $ e ele me ligou de noite, antes do nosso jantar de ensaio, para tirar satisfação, nos chamar de caloteiros e que demos esmola para os pedreiros. Xinguei todas as gerações dele aos berros e possuída, mandei-o para aquele lugar e que não voltasse de lá para pisar na minha casa novamente. Dê pegou o telefone da minha mão e continuou a cena horrenda, aos berros, nos jardins do Solar do Império, enquanto eu chorava nervosa pegando minha mala do carro.

(Imagem de https://biancazibettieanahamilton.wordpress.com/)




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