sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Vestindo a sogra

Nos dias 24 e 25 de janeiro de 2012 aproveitei que minha sogra veio de Minas para passar uma semaninha no Rio e fui com ela, e mais minha cunhada e a tia do Dê, para ver seus vestidos.
Antes de qualquer coisa, quero que saiba que foi divertido, sério. Apesar do que possa parecer, como você verá a seguir... Ah, e continuo amando minha sogra, a quem chamo de "mãe" também.

No dia 24 andamos por Caxias. E descobri que poucas lojas - poucas mesmo - têm uma costura bacana e usam tecidos bons. Desavisados acabam comprando ou alugando, mas nem sempre fazem um bom negócio... Elas estavam muito sem informação e sem direção, não sabiam o que queriam e nem se iam alugar ou comprar, não sabiam o que ficava bem... Com excessão da minha cunhada.
Na 1.ª loja minha sogra gostou de um e eu disse "Vamos andar mais...", mas a cada loja que íamos eu percebia que ela ia gostando menos dos vestidos. Não que ela tivesse ficado mega apaixonada pelo 1.º, mas acho que foi cansando. Observação, ela é bem jovem e cheia de saúde, não fiz maldade em forçar uma sogra velhinha a andar, por favor.
Na última loja, minha cunhada achou o vestido dela. Lindo mesmo. Em verde escuro, seguindo uma das cores que indiquei para as madrinhas. Ela procurava algo escuro porque pensa que não fica bem cores claras com seu tom de pele, que é bem clarinho. O que acho um pensamento equivocado, gente branquinha fica linda com tecidos claros, senão não casavam de branco, ué!
Bom, o vestido ficou na loja para ser ajustado e depois o buscaríamos.
Desde o início sugeri que elas comprassem o vestido, porque não precisam se preocupar em estragar e já ficam com roupa para outras festas (não curto meeeesmo aluguel! Se alguém quiser, pode tentar me convencer do contrário), afinal toda mulher precisa ter pelo menos um vestido longo para festas. Se enjoar, não quiser usar mais, manda tingir ou vende e recupera parte do dinheiro.
Achei que seria melhor verem mais vestidos, para formar conceito e descobrirem o que queriam sobre cortes, modelos, tecidos...
E fiz uma coisa que, talvez, foi ruim... Eu escolhi a palheta de cores da minha sogra.
É, gente, mãe da noiva tem prioridade, vocês sabem. Minha mãe escolheu logo o vermelho como sua cor. Logo depois eu escolhi as cores das madrinhas e depois as das damas. E não sobrou muitas opções para minha sogrinha. Quando entrávamos nas lojas eu já ia respondendo à vendedora quando perguntava sobre cor: "Ah, laranja, ocre, amarelo, uva..." E descobri que minha sogra tem a mesma neura da cunhada, acha que não fica bem com essas cores. Na minha cabeça achei que ia ficar muito legal minha mãe de vermelho e minha sogra de laranja... Bem diferentes das outras mulheres do cortejo.
No dia 25 fomos no Norte Shopping, que tem muita loja de vestidos, para todos os orçamentos.
E foi a mesma novela: na 1.ª loja amou o 1.º vestido que pôs. Só que eu quase tive um troço porque ele era exatamente da cor do vestido das damas. Cochichei, quase chorando, pra minha mãe "Ela vai ser a mamãe das damas de honra!" Sorri quando a vendedora disse que não trabalhavam com venda. E o aluguel era o valor de um novo. Ufa!
Fomos noutra loja e a tia encontrou seu vestido. Bonito e com preço legal, na cor prata/chumbo. Minha sogra, eu percebi, estava começando a ficar nervosa, acho que bateu a frustração do 1.º vestido, estava com muita informação na cabeça e não tava curtindo muito a ideia das cores. Mas isso ela não dizia, eu que fui percebendo... Eu estava tentando ajudar, mostrando opções e cada vez mais ela não ia gostando dos vestidos. Ela não me dizia o que gostava, o que não gostava, apenas vestia ou olhava para um vestido e não o queria. Talvez por não conseguir apreciar as diferenças entre eles, talvez por não se sentir modelo quando os vestia, talvez por causa da pressão que minha mãe estava fazendo para ela escolher logo (porque minha mãe não tem paciência de andar muito, de escolher muito e se diz muito decidida). Sei que, depois de muito estresse, acabou comprando um tomara que caia com bolerinho e quase sereia (porque não era justo), de organza goiaba, cheio de aplicações de flores do mesmo tecido. Lindo de morrer. E ficou lindo nela, minha sogra tem o maior corpão.
Tipo esses, mas na cor goiaba e sem brilhos. A saia tinha a mobilidade do 3.º e o corpo do vestido era tipo o do 1.º, não ficava tão marcado

Mas deixa eu adiantar uma coisa pra vocês: ela não usou esse vestido perfeito no meu casamento. Comprou depois, escondido, um de lurex (isso, de malha mesmo, justo!) preto com brilho dourado, de um ombro só, com direito a ponta "esvoaçante" que descia do ombro, e deu o vestido lindo para a tia do Dê vender, doar, fazer o que quisesse. Entrou no meu casamento com o braço dado ao Dê achando que estava abafando. Bom, mas não é isso que importa, a gente se sentir feliz?...
Só fiquei com dó do vestido... Podia ter dado pra mim.


(As referências das imagens estão em marca d'água nelas mesmas)

Um comentário:

  1. Bom dia ,com alegria!!!

    Fico feliz em saber que ama sua sogra. És muito especial, pois são poucas pessoas que conseguem manter o filho com a mãe nesta sintonia. Continue assim...
    Bjs e um ótimo domingo e SALVE NOSSA SENHORA

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