quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Visitando o atelier da Marie Lafayette

(Como é bom vê-la de perto! Que vontade de brincar com ela!)

No dia 10 de setembro, há 15 dias, fui visitar o atelier da Marie.
Voei da escola pra lá! Cheguei na hora marcada, depois de andar de salto por dois quarteirões.
E me deparei com um endereço familiar... É a mesma casinha linda onde há o escritório da Ana Foster!
Como o espaço da Marie fica no 2.º andar, subi. Na salinha rosa vi uma noiva e sua mãe conversando com Marcelo Hicho. Não o conhecia pessoalmente. Sorri e o achei atencioso e jovem. Fiquei observando o movimento da noiva em escolher maquiagem, cabelo, enquanto eu relia as perguntas para a entrevsta, e fiquei querendo estar no lugar dela... A gente quando se apaixona por esse universo fica noiva pra sempre. Um dia quero ter o Hicho me embelezando também.
Conversei um pouco com o pessoal do Espaço Unique Comme Toi (uma parceria entre a Marie e o Hicho) e aceitei um café. Eu não bebo café, mas queria deixar minha mente mais alerta. Nervosa...
Marie estava em São Paulo, combinei por email e telefone com a Ingrid, da equipe da Marie, a visita.
Então Ingrid, surgiu, nos cumprimentamos sorrindo e ela me convidou para subir e conhecer os vestidos. Eba!
Uma palavra: deslumbrante!
 Diz pra mim se não é a perfeição em forma de vestido



Um monte deles! Pirei! São da coleção da Marie, disponíveis para compra.

Então, enquanto eu namorava os vestidos, fui conversando em a Ingrid. Falei do meu sonho de ter um vestido da Marie, de querer que ela faça meu vestido de Bodas de Renda. Ela disse que, mesmo que a mulher já tenha se casado com toda pompa e circunstância com um vestidão, nada impede que ela se vista de noiva de novo, se esse é o sonho dela. E me perguntou se eu não gostaria de experimentar.
- Eu posso?
- Claro!
E pra escolher? Eu queria por todos! Mas não queria ser folgada, então escolhi aquele que meu olho bateu e o coração disse "É esse".
E lembrei que eu não passei por esse momento quando eu era noiva... Não olhei pra um vestido e disse a frase, o coração não saiu pela boca...

Olha eu vestida de noiva de novo!

E quer saber? Bem concordo com a Ingrid. Por que a mulher só pode passar por esse momento mágico uma vez só na vida? Tem gente que se separa só pra casar de novo... Por que eu não posso casar de novo com o mesmo marido?
Ingrid me disse que quando a noiva encontra o vestido no atelier chora, sorri... normal. Mas teve uma que teve crise de alergia, de soluços e a outra desmaiou! Hahaha
Experimentei mais um, bem diferente do que eu sempre pensei (de forma matemática até) pra mim. Fui bem no instinto, e amei um vestido em "A", cheio de rendas e camadas de saias leves. E amei! Não é que me senti noiva?


E renda é o que a Marie ama. Pra ela é o tecido mais belo e perfeito para um vestido de noiva. Não que ela não vá fazer um que não tenha renda se a noiva não quiser, mas esse tecido clássico, que transporta uma de beleza eterna ao vestido, dá o tom de romantismo que ser noiva pede.


 (Amei essa grinalda)

 (Buque de broches na caixinha)

(E para a mãe da noiva também! Vi um monte para as madrinhas!)

Então descemos e fomos conversar mais.
Como falávamos de tecido, perguntei por aqueles que a Marie mais usa, fora a renda, e Ingrid me falou do chantung e do princess. Eles dialogam bem com o estilo dela, que curte criar vestidos para transformar a noiva numa princesa moderna, onde o volume e a fluidez se harmonizam; ela gosta dos tecidos lisos. 
No atelier pensam muito no conforto dentro do vestido. A noiva se mexe e se locomove muito, por isso a cauda deve ser média, não precisa ser muito longa. O véu, no entanto, pode ser compridão. O véu é o elemento que, para a Marie, não pode faltar numa noiva. Ingrid concorda que a noiva nasce quando põe o véu, mesmo que apenas o experimente e não o use no dia do casamento. Marie também ama manga comprida, principalmente as feitas de renda.
E eu cada vez mais fui me identificando com o estilo dela... Achei minha estilista depois de casar...
Quando comecei a fazer as provas  não fui me apaixonando pelo meu vestido, acho que devia ter seguido meu coração, eu já estava encantada com o trabalho da Marie, mas achei que não ia mais dar tempo... Boba eu, lá no atelier já fizeram um vestido em um mês e meio!
Perguntei sobre o vestido mais trabalhoso: a noiva não quis renda, apenas bordados. Bom, apenas... Ele levou seis meses só para ser bordado! Com cristais (elas usam geralmente o Swarovski) e pérolas (usam as da Dior e Swarovski). E fiquei pensando o quão rico e caro não foi esse vestido... Pérolas!
Perguntei sobre horários para tecidos, bordados... O que mais gostei foi que lá não há um impedimento para nada. Se a noiva quer casar de tarde com vestidão rendado e rebordado em cristais, tudo bem. Noiva bem vestida e bonita é noiva feliz. Mas para deixá-la confortável em suas escolhas e sonhos há a acessoria.
E o que é a assessoria que elas fazem?
A noiva vai ao atelier, aproximadamente seis meses antes do casamento, com seus sonhos, gostos e ideias. Marie se envolve com tudo isso para entrar no mundo daquela noiva. Apresenta suas interpretações através dos vestidos, dos croquis e constrói, junto com a noiva a imagem que ela terá no dia do casamento, fazendo com que todas as coisas que ela usará se harmonizem e dialoguem com a personalidade da noiva e com seu casamento. O brinco será o mais perfeito, o sapato, o vestido, a maquiagem, a cor da unha!
Imagina só: 
Para o casamento, a cerimônia, temos como acessor o juiz, o padre ou o pastor.
Para a organização da festa e da logísitica do evento, temos a cerimonialista.
E para a noiva tem a Marie!
Amei isso! Imagina ter alguém para te conduzir para  "O dia em que eu estive mais linda do que nunca foi o dia do meu casamento"!
Esse carinho, esse cuidado é o que a Ingrid afirma ser um dos grandes motivos de sucesso da Marie. Além do trabalho de primeira, os vestidos são muito bem estruturados e adequados ao corpo, a costura é perfeita, os tecidos são maravilhosos, ela estabelece um vínculo tão bacana com a noiva que muitas viram amigas. Por isso ela prefere as indicações aos anúncios. Acho que foi por isso que me encantei tanto por seu trabalho.
E para as noivas de Petrópolis, o que Marie sugere? Vestidos com manga comprida, imponentes e volumosos se a noiva casará na Catedral ou num castelo. Para os casamentos no campo, vestidos fluídos com uma pegada retrô. 
E como seria o vestido que a Marie faria pra mim?
Uma saia enorme, rodada e lisa, bem princesa, porque sou bailarina e gosto de dançar. Ela usaria como material organza ou renda. Deixaria minha cintura em evidência, usaria o tomara-que-caia em coração e colocaria por cima uma renda em corte canoa, que eu poderia tirar depois na festa.
Desenhei o vestido na cabeça e me admirei: vi dois vestidos da Marie que amo e que já publiquei aqui.
  

E para encerrar esse post enorme, tenho que agradecer a Ingrid, que foi de uma delicadeza imensa em passar a tarde conversando comigo. (Com certeza iremos conversar mais!) E também à Marie, que me emprestou a Ingrid e abriu as portas de sua casa para mim. (Sou sua fã babona!)





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